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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

TALISMÃ DO ANEL DA POMBAGIRA

TALISMÃ DO ANEL DA POMBAGIRA


Anel de prata ou ouro com pedra vermelha; pedaço de cetim vermelho; champagne; muda de roseira vermelha.
Na primeira noite de Lua Cheia, pegue o anel e embrulhe no cetim. Deixe no sereno, sob o luar.


Recolha antes de bater sol e espere até a noite seguinte, quando então ele será enterrado em um vaso contendo uma roseira vermelha, dedicada a Pombagira. Sirva champagne numa taça.
Enquanto conversa com ela, vá mentalizando o tipo de amor que você está procurando, beba um gole, e despeje o restante na terra, dizendo:
“Moça formosa, dona da rosa, eu te ofereço este presente: põe teu axé neste anel e faça-o brilhar; traz um homem para ser meu, para me amar!"
Deixe o anel enterrado até a próxima Lua Cheia, então desenterre e use na mão esquerda.
Se o homem que é para ser seu estiver perto, ele será trazido por ela até você.

PATUÁ DE AMOR DA BRUXA DE ÉVORA








7 punhados de pó de estrada; 7 rosas vermelhas; 
7 cravos-da-índia; 7 noz-moscadas; pedaço de papel branco sem pauta; lápis; saquinho de pano vermelho costurado por você.
Escreva no papel sete vezes o nome completo da pessoa amada. Coloque esse papel, junto com o pó, as rosas, os cravos-da-índia e as nozes-moscadas, dentro do saquinho e leve-o sempre com você, até concretizar a conquista amorosa. Então despache o patuá onde cruzem-se três caminhos, agradecendo a Bruxa de Évora com uma vela preta acesa.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

ORAÇÃO DAS ALMAS PARA ATRAIR PESSOA AMADA



"Almas Santas Benditas! Almas Santas Gloriosas! 
Que são as três dos enforcados, três dos feridos e três dos amores. Vão todas as três, todas as seis, todas as nove, aonde estiver
(Nome da pessoa amada); se estiver comendo, não comerá, 
se estiver dormindo, não dormirá, se estiver trabalhando, 
não trabalhará, não fará nada enquanto comigo não vier falar, 
todos os seus cinco sentidos só em mim se concentrará.
Vão Almas Santas Benditas e trazei (Nome da pessoa amada) 
aqui já!".

Recitar 3 vezes ao dia: 6 horas, meio dia e 18 horas, fora de casa, na igreja ou andando na rua.

Oracao a Maria Padilha para dessamarrar de mas relacionamentos e demandas e abrir seus caminhos.



 
São (coloque à hora e os minutos em que vai começar) em ponto e o sino já bateu. Sei que nesta hora, pela força do vento a poeira vai subir, e com ela também subirá todo o mal que estiver no meu corpo, no meu caminho e na minha casa. Todo mau se afastará da nossa vida. É com a força e Axé de Maria Padilha meus caminhos, a partir deste momento, em que os ponteiros se separam, estarão livres de todos os males materiais e espirituais, pois a luz que clareia  dona Maria Padilha  há de clarear os meus  caminhos, para isso estarei sempre na posse desta oração.
Rainha pomba gira Maria Padilha das almas vá até onde a  pessoa que fez a amarração estiver e faça com que ela esqueça que de mim(NOME COMPLETO DA PESSOA AMARRADA)e se existe alguma amarracao, feitico, macumba que seja desfeita e quebrada dessamarada hoje e sempre; pelos poderes da terra, pela presença do fogo, pela inspiração do ar, pelas virtudes da água, invoco as treze almas benditas pela força dos corações sagrados e das lágrimas derramadas por amor, para que liberte (DIGA O NOME COMPLETO DA PESSOA AMARRADA) e faca seu espírito livre, desamarrando-o definitivamente de qualquer amarração, seja limpo e libertado e desamarrada de todos os feitiços e impedimentos obstaculos na minha vida. Assim  livre para seguir em frente , com amor e liberdade e felicidade… e que assim seja!
Salve pomba gira Maria Padilha das almas! Te peço assim: Agora gira, vai mulher girar ao meu favor, desfazendo esta amarração, pedindo assim… ar move, fogo transforma, ar move, fogo transforma, água forma, terra cura, e a roda vai girando, vai girando, e a roda vai girando, vai libertando ((DIGA O NOME COMPLETO DA PESSOA AMARRADA)) de todos os inimigos visiveis e invisiveis homem ou mulher,  o mais rápido possível. Ar move, fogo transforma, ar move, fogo transforma, água forma, terra cura, e a roda vai girando, vai girando, e a roda vai girando, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio desfazendo o que nunca deveria ter sido feito ((DIGA O NOME COMPLETO DA PESSOA AMARRADA)) esta livre, o feitiço está desfeito. 
Que  TODOS OS INIMIGOS  esqueçam que ((DIGA O NOME COMPLETO DA PESSOA AMARRADA))  procure outras pessoas, não tenha mais pensamento, sentimento, atos,  e para eles seja como uma noite escura sem estrela e sem luar, e nunca mais me prejudicarao. 
E que eu siga em frente e nem me lembre mais deles  e de passado e minha vida segue em frente. Livre de qualquer amarracao. Assim seja e assim será. salve pomba gira! salve sete saias! Salve suas irmãs, Maria Mulambo, Maria Padilha, Dama da noite, Pomba gira Sete Cravos, Maria Padilha das almas, Pomba gira Cigana, Pomba gira Mirim, senhorita rosinha,  Maria Navalha e Maria Rosa , Pomba gira das Saudades que de dia e de noite reinam as encruzilhadas, e todas as outras da falange!  mulheres de 7 exus, defensora das mulheres e dos homens! salve as pombas giras,  gloriosa rainhas! Conheço a tua força e o teu poder, te peço que atenda o seguinte pedido: que ((DIGA O NOME COMPLETO DA PESSOA AMARRADA)) durma e acorde esquecendo  essas pessoas que me fizeram mal, e que esteja livre com caminhos abertos e que nao seja incomada nem em sonho, nem dia nem de noite, por essas perturbacoes. 
E que essas pessoas que me querem mal, ou querem me dominar, e que querem me destruir, se esqueca de mim e me deixe em paz. Afaste os feitiços e maldades que e ja nao tem efeito algum sobre a minha pessoa, minha alma, meu anjo e minhas pomba giras. Estamos livres e somos livres. E se esse( nome inimigos) ainda tem alguma obssessao vai esquecer de mim e me deixar em paz, e nao influenciara a minha vida. Salve Maria Padilha e as sete saias gloriosa princesa pelos 7 exus que acompanham seus passos, rogo e suplico que desfaça a amarração que tenham sido feitas para  ((DIGA O NOME COMPLETO DA PESSOA AMARRADA)) nos 7 nós de suas saias e nos 7 guizos desfaça estes nós, desate e liberte para sempre ((DIGA O NOME COMPLETO DA PESSOA AMARRADA)). Agradeço por estar trabalhando a meu favor. Vou divulgar seu nome em troca deste pedido de afastar, hoje e sempre para longe de mim, da minha casa,minha familia e dos meus pertences, para que este feitiço se acabe para sempre. Hoje mesmo o que estiver atrapalhando e me desmoralizando , sera afastado e quebrado  e sem forças ou sentimentos e pensamentos atingirao a minha pessoa,  pois a  Lei Divina esta a meu favor, e Maria Padilha e as pombas giras (diga o nome delas) ja limparam e sacudiram e abriram os caminhos. Está feito! Confio nas falanges da pomba gira rainha das 7 encruzilhadas, cada vez que for lida essa oração mais forte elas se ficarao, por isso vou mandar aos 4 cantos do mundo. Amem

História de uma Pombagira - Pombagira Maria Quitéria


tiver o prazer de sonha com maria quiteria e a energia foi uma coisa enesplicave  

  
Esta pomba-gira de fé é da mesma banda de Maria Padilha, é uma entidade muito forte que comanda uma falange muito grande de mulheres... pomba-gira Maria Navalhada é sua subordinada. Ela acompanha sete exus e se apresenta sempre quando bem incorporada como uma mulher forte e sem rodeios... ao contrário do que muitos pensam estas entidades apesar de serem muito sensuais... não costumam se insinuar a ninguém... a sensualidade faz parte da sua maneira de viver e é assim que elas se aproximam dos seus filhos de fé! 


Maria Quitéria aceita seus pedidos e oferendas nas encruzilhadas e cruzeiros... toma champanhe em taça, gosta de cigarrilhas longos, bijuterias, perfumes, velas vermelhas e toalha vermelha e preta... Suas oferendas tem que sempre estarem impecáveis... assim é esta exigente entidade.

A força energética de Maria Quitéria tem maior intensidade em trabalhos a serem executados com as Almas principalmente em Cemitérios e Montes, sendo quase sempre mensageira de Orixás como Iansã, Obá, e as vezes Ogum.



Caminhos
  • Maria Quitéria das 7 Encruzilhadas

  • Maria Quitéria da Calunga

  • Maria Quitéria das Almas

  • Maria Quitéria da Campina

  • Maria Quitéria do Cruzeiro

  • Maria Quitéria da Figueira

  • Maria Quitéria das Sete Catacumbas



Características


Arma
Navalha

Bebida
Champanhes, Licores

Fuma
Cigarros, Cigarrilhas longas

Lugar
Cemitérios e Montes

Vela
Vermelha, Preta



Ponto Riscado







Pontos Cantados :

Quí Quí Quí Quí Quí,
Quí Quí Quí Quitéria!
Ela Trabalha Nas Almas,
Ela Trabalha Na Encruza,
Na Porta Da Calunga,
E No Pé Do Cruzeiro!
Quí Quí Quí Quí Quí,
Quí Quí Quí Quitéria!
"Salve exu de banda, 
salve exu mulher,
 salve pomba-gira Maria Navalhada,
 salve sua rainha Maria Quitéria 

terça-feira, 25 de outubro de 2016

HISTORIA DE MARIA NAVALHA

HISTORIA DA MINHA QUERIDA MARIA NAVALHA  TIVER O PRAZER DE LHE CONHEÇE E LHE ADMIRO MUITO

Os velhos Tatas do Rio de Janeiro de antanho, grandes conhecedores da Magia Africana, gostavam de contar a pitoresca história de Dona Maria Navalha.
Para alguns ela foi a primeira Pomba Gira brasileira. Sim! Afinal, a querida Maria Padilha foi espanhola, e a Bruxa de Évora, a Pomba-gira mais antiga, nasceu em Portugal.
Maria Navalha foi brasileira legítima e carioca do bairro da Gamboa, zona portuária da cidade maravilhosa.
Sua história começou no final do século XIX, quando o bairro ganhou a primeira favela que se tem notícia, lá no Morro da Providência. Foi onde nasceu e cresceu uma mestiça de nome Maria. Linda, alta, forte, dona de um olhar magnético que chamava a atenção. Os sofrimentos da infância deram-lhe uma personalidade determinada e valentia. Aprendeu a se virar sozinha, pois desde cedo perdeu os pais e foi morar na rua.
Uma menina abandonada não tem muita opção, e logo ela foi introduzida no mundo da “vida noturna” e da malandragem, onde teve famosos mestres e mestras que a iniciaram na vida noturna. Foi nas ruas, cabarés e bares que a jovem Maria construiu sua fama e adquiriu seu “apelido”. Contam que ela bebia como um marinheiro, fumava como um estivador e brigava como um leão de chácara, mas sem perder a feminilidade. Capoeiristas famosos a respeitavam e tinha homem grande que tremia diante dela. Escondida no belo corpo sempre levava uma afiada navalha.
Com seu gênio briguento conseguiu muitos inimigos. Nenhum deles tinha coragem de enfrentá-la de frente, cara a cara.
Toda Sexta-feira era sagrada para Maria. Ela se arrumava e ia para a Macumba, culto sincrético e respeitado nos ambientes mágicos do Velho Rio de Janeiro.
A sessão começava tarde da noite e, no pequeno barracão do morro, ao som dos atabaques e cantigas, os Deuses da África e os Eguns baixavam juntos. Assim era o alegre canjerê, tudo misturado e sem uma ordem formal. Aqui rodava um Orixá, ali consultava um caboclo do mato e ao lado pitava um preto velho.
A Macumba era o culto do povo, dos simples e dos sofridos… Não era um antro de magia negra ou templo do demônio. Isso era o que diziam os preconceituosos de plantão, racistas, carolas e endinheirados ignorantes. Este tipo de gente ainda gosta de criticar as religiões de matrizes caboclas e africanas.
Foram nestas históricas Macumbas cariocas que as almas dos primeiros Exus baixaram (refiro-me aos espíritos e não ao Orixá).
Somente mais tarde, com o advento da religião de Umbanda, é que estes trabalhadores do Mundo Invisível vão ser reconhecidos em sua total grandeza e sobrenatural mistério. Nesta época Exu era, sobretudo, o amigo do pobre, do desvalido, do injustiçado e da prostituta. O Rei da Noite e o Imperador da Macumba.
Dona Maria Navalha ouviu muito os conselhos dos Exus, despachou nas escuras encruzilhadas do porto, fabricou talismãs e usou figas. Ensinou banhos e simpatias para as colegas de trabalho, ouviu problemas dos clientes e enxugou lágrimas de muitas vizinhas. Era uma alma generosa dentro do corpo de uma guerreira.
A primeira parte da vida desta mulher terminou numa noite sem Lua. Ao cruzar um beco foi surpreendida por trás e levou uma fatal facada de um inimigo. Morreu na rua onde viveu e trabalhou. Começava a segunda parte de sua vida. Faleceu a Maria mulher e nasceu a Maria entidade!
Depois surgiram as lendas e muitas coisas foram ditas a respeito dela. Contam que foi amante de Zé Pelintra e até que o matou! Que ela teve trinta e três maridos, amantes estrangeiros etc. Dona Maria Navalha entrou para a história e virou mito. O certo é que depois de morta ficou mais viva que nunca.
Certa noite, desta vez lindamente enluarada, durante uma sessão de Macumba no morro, Dona Maria baixou no terreiro… Incorporou numa menina negra magrinha que estava num canto. Maria Navalha ergueu aquele frágil corpinho, tomou um aspecto imponente e falou para a assembleia que ficou maravilhada!
Assim surgiu a primeira Pomba-gira do Brasil, antes mesmo da Umbanda ter nascido. Um dos Pontos Pontos de Maria Navalha canta:
“Mulher de malandro tem nome
E se conhece pela saia
Vara curta e onça brava
Ela é Maria Navalha!”

domingo, 23 de outubro de 2016

Bruxaria africana para dominar um homem

Este tipo de bruxaria para dominar, amarrar a vergar homem, é bruxaria de origem africana e é bruxaria usada exclusivamente para uma mulher manter um homem sobre domínio e controlo total. Cuidado, porque a força espiritual usada nesta bruxaria é caprichosa, e toda a bruxaria tem de ser feita com justificação, fé e seriedade, ou prejuízos poderão resultar da bruxaria.
O que é necessário para executar a bruxaria:
1-     Vela vermelha
2-     1 Cêntimo por cada ano que você tem
3-     1 Imagem de pomba gira
4-     1 Pires
5-     1 Pedaço de papiro virgem
6-     1 Pedaço de pano vermelho virgem
7-     Esperma de macho recentemente adquirida
8-     Uma bolsa vermelha de seda virgem
9-     1 Cálice de whisky
10-  7 Rosas vermelhas
Como e quando realizar bruxaria:
Comece bruxaria para dominar homem, ou bruxaria para fazer homem regressar, ou bruxaria para fazer homem vergar, numa sexta-feira ás 11h00.
Antes de começar a bruxaria, alcance um êxtase sexual com outro homem. Limpe-se, conservando num pano vermelho virgem todos os fluidos sexuais que resultaram do acto. A mistura de seus fluidos, com o sémen de outro macho, deve ser conservada nesse pano. Havendo-se usado na relação sexual uma «camisinha», (preservativo), logo após o acto você deverá limpar-se no pano vermelho virgem, depositando depois no pano o esperma do macho, misturando as essências com os fluidos masculinos no tecido.
Esculpir o seu nome na vela vermelha.
Escrever o nome do homem no papiro, com tinta vermelha, colocando depois o papiro do pires.
Usar o pano onde os fluidos sexuais da relação anterior forma depositados, para esfregar a vela e assim ungir a vela.
Ungida a vela com os fluidos sexuais, acender a vela e proceder de forma a que gotas da cera derretida da mesma vão caindo sobre o papiro que se encontra no pires.
Recitar:
Esse é o teu nome, ( dizer o nome)
Sobre ti deposito meu amor, e o selo da luxúria de outro macho. Invoco-te, espírito feminino poderoso de Pomba Gira, para que te fazeis representar nesta chama que arde em teu nome. Deposita tua ardência neste nome, e fa-lo vergar. Sobre ti, ( dizer nome), reside o poder de um feminino espírito forte e eterno, junto com tua humilhação na forma de quem me amou. Assim será o resto de teus dias, sobre meus pés, sobre minha vontade.
Assim feito, coloca a vela diante da imagem de pomba gira, e deixa a vela arder ate ao fim.
Estando a vela ardida,  coloque os restos das velas e o papiro na bolsa de seda vermelha. Ali deverá também depositar o pano vermelho com os fluidos sexuais, e todas as moedas. Fecha a bolsa.
As moedas devem ser dedicadas a Pomba Gira, bem como os fluidos de macho que foram envoltos na bolsa de seda. Ao faze-lo, deverá dizer:
«Espírito de amor, este é o homem, este deverá vir a mim rapidamente. Por cada ano que tenho, cada chicotada lhe seja vergada, e cada quebrada mansidão lhe seja na alma cravejada. Louvada sejas»
Beba de uma vez um gole de whisky, e logo diga:
«Espírito poderoso, contigo partilho minha dor, meu desejo e meu amor. Faz por mim, tudo o que fosse por ti»
Enterre a bolsa numa encruzilhada, ás 24h00 dessa mesma sexta-feira. Deverá a bolsa ser disposta de forma a que jamais alguém a possa encontrar. Sobre o local onde a bolsa for enterrada, 7 rosas vermelhas devem ficar.

O seu homem virá, homem manso como cordeiro, homem a seus pés, homem rastejando como cachorro.

Ebós

ABERTURA  DE  CAMINHOS
 
7 Moedas de uso corrente  lavadas
7 Ovos brancos, crus, inteiros
7 Velas brancas apagadas
7 Bolas de farinha com água
½  Kilo  de  sal   grosso

Procedimento: Numa segunda-feira, a qualquer hora, vá até uma estrada reta e passe todos esses ingredientes pelo corpo, da cabeça aos pés. Peça para Exu abrir seus caminhos. Largue as coisas no chão e vá embora sem olhar para trás. Ao chegar em casa, tome um banho com sal grosso, do pescoço para baixo.
EBÓ DO ODÚ OBARÁ
 
1 abóbora
6 acaçás branco
6 tipos de doces brancos
6 tipos de doces amarelos
12 velas amarelas
mel
12 quiabos

Coloque a abóbora inteira para cozinhar, depois faça uma pequena abertura na parte de cima da abóbora e tire todas as sementes de dentro e deixe-a esfriar, pegue os acaçás e as outras coisas, passe no corpo e coloque dentro da abóbora. Peça prosperidade e caminhos abertos.

TRAZER   SORTE   NA   VIDA
 
1 tigela transparente grande
½ quilo de semente de gira sol
 ½ quilo de arroz com casca
 ½ quilo de alpiste
8 folhas de louro
16 moedas de 1 centavo cada

Preparo:

Pegue a  tigela coloque 1 camada de gira sol após isto 1 camada de alpiste, 1camada de arroz com casca repita este processo ate encher a vasilha em cima de tudo crave as moedas e as folhas de louro deixe em cima de algum móvel aonde as pessoas possam ver.

OBS. A cada 16 dias suspenda os grãos e leve ate uma árvore despeje tudo menos as moedas elas sempre fica com você e repita esta simpatia toda vez que quiser mentalize tudo o que quer alcançar pode se deixar em casa ou comércio.
 
UNIÃO AMOROSA
 
1 alguidar grande;
1 melão amarelo;
mel
1 vela.
Faça um buraco na ponta do melão e guarde a tampa. Num pedaço de papel, escreva o seu nome e o da pessoa amada (a lápis, três vezes), colocando dentro do melão. Ponha bastante mel.
Feche o melão, lacrando-o com o breu de uma vela. Deixe descansar por três dias dentro do alguidar, pedindo união com a pessoa amada.
Depois desse tempo, coloque o alguidar embaixo de uma árvore frondosa.
 
PARA  AFASTAR  MAU-OLHADO
 
Pegue uma ferradura usada, lave bem numa água com arrruda e guiné, deixe secar e passe uma fita vermelha na ferradura numa sexta-feira á noite. Depois ponha a ferradura numa vasilha de madeira com sal-grosso e deixe dormir por dois dias. Na quinta-feira, pendure uma figa, e nela, escreva seu nome, passe uma fita preta na figa e na ferradura. Vá num cruzeiro de igreja ou cemitério e acenda uma vela branca ás almas dos aflitos em cima da ferradura aos pés do cruzeiro. Na sexta-feira reze 3 Credos, leve a ferradura para casa e pendure atrás de uma madeira. Cada 13 dias jogue sal grosso com um pouco de água na ferradura, sempre rezando 3 Credos e pedindo ás almas dos aflitos para livrar das pertubações e para Ogum livrá-lo das invejas.
 

 EBÓ  DE  PROSPERIDADE  COM  OXÓSSI

Numa quinta-feira das luas nova, crescente ou chêia mas a melhor e nova, voce deverá ir a uma mata fechada chegando lá ao anoitecer. Adentra a mata e escolha uma árvore frondosa bem bonita que não tenha espinhos e,faça uma limpeza ao redor desta árvore de acordo que fique bem limpinho.Passe  uma  a uma  06 velas brancas simbolicamente ao redor do seu corpo e, vá acendendo ao redor da árvore oferecendo ao orixá Oxóssi.Depois  passe  simbolicamente ao redor de seu corpo os ingredientes citados a seguir e, vá fazendo 06 montinhos com eles de acordo que, quando terminar cada  montinho contenha  um pouquinho de cada ingrediente. Então passe ao redor de seu corpo simbolicamente: 06 punhados da sua mão direita de alpistes, 06 punhados  de sementes de girassol, 06 punhados de milho de galinha,06 punhados de feijão fradinho, 06 punhados de arroz com cascas, 06 punhados de feijão preto, 06 moedas correntes de 01 real cada. Vá fazendo tudo isso e fazendo a  saudação completa de Oxóssi, pedindo a ele que, abra os seus caminhos, lhe traga muito dinheiro e muita prosperidade.
 

EBÓ  DO  EXÚ  DE  OGUM  
( Conseguir  urgente  grande quantia de dinheiro)
( Resolver causa praticamente impossível )
Numa madrugada de domingo para segunda-feira, vá para uma estrada reta e, ao chegar na estrada no início de uma subida, voce pára e faça este procedimento alí mesmo. Passe um  alguidar grande de barro (Oberó) simbolicamente em volta de seu corpo e coloca em sua frente no chão. Passe simbolicamente ao redor de seu corpo um prato esmaltado contendo um padê de dendê, um prato com padê de mel e um prato com padê de azeite doce. Passar estes pratos um a um simbolicamente em volta de seu corpo e vai colocando em sua frente no chão ao redor do aguidar. Passar simbolicamente em volta de seu corpo 09 inhames assados e coloca-os dentro do alguidar. Colocar por cima dos inhames: Mel e dendê. Passar simbolicamente em volta de seu corpo um galo escuro avermelhado ( Este galo não poderá ter nenhuma  ferida no corpo ) . Cortar a cabeça do galo deixando escorrer o ejé ( Sangue) em cima dos inhames e do padê de dendê. Colocar o corpo do galo por cima do padê de dendê e, Oferecer ao Exú de Ogum dizendo: Kobá Exú, Exú é mojubá. Lá-rô-iê ! Ibacoxé. Exú bára uanã kobaô. Abra os meus caminhos e toma conta de meus inimigos, axé.Ogum jássi jássi, patacurí.Ogum Megê acôrôdê. Gúzo no gúzo. Xérê é vodum é orixá, axé. Kóbá La-rô-iê Exú,Kóbá La-rô-iê Exú, Kóbá La-rô-iê Exú. Me dê agô para me retirar e voltar para minha casa com paz e tranquilidade.Estou confiante que, meus pedidos serão atendidos e,meus caminhos serão abertos e conseguirei tudo que pedí aqui. Me dê agô ( Licença) para retirar.
Chegando em sua casa, tome um banho feito na tarde anterior.O banho deverá ter sido feito assim: Mascerar nas mãos 01 jiló partido em cruz, 07 cordas de fumo de rôlo rasgado,03 dentes de alho amassados,03 galhos de arruda,03 galhos de guiné,03 galhos de alfavaca,07 folhas de manga espada,03 galhos de café e uma espada de são jorge.Ferver tudo muito bem fervido deixando a vasílha com o banho do lado de fora da casa para que durma no sereno.Ao chegar da estrada voce vai coar e, vai colocar 03 punhados de sal grôsso dentro deste banho, mexendo bem para ficar bem misturado. Voce vai primeiramente tomar seu banho de comum de higiene utilizando sabão de côco e bucha do mato. Depois sem enxugar o seu corpo, voce despejará este banho da cabeça aos pés.Sem enxugar o seu corpo, vista roupas claras como branco por exemplo. Ao sair do banheiro voce vai defumar a sua casa de dentro para fora e de fora para dentro com: Palha de alho, canela em cascas e, 03 colheres de pó de café. A bôrra que sobrar será jogada no mêio fio de sua rua na porta de sua casa.

Hora de começar a fazer este Ebó na estrada: 03:15 horas da madrugada de domingo para segunda-feira
             EBÓ  PARA  AFASTAR  PRAGAS  E  PERSEGUIÇÕES  EM  SUA  VIDA

 Se voce está passando por uma fase ruim em sua vida, nada que voce faz tem sucesso e, tudo ultimamente vem dando errado em sua vida, é hora de voce buscar ajuda espiritual. Ao contrário do que muitos imaginam, o Candomblé é sem dúvida uma das mais belas religiões do mundo. No candomblé reverenciamos a mãe natureza com muita fé e respeito. É da natureza que vem os fundamentos dos orixás e, por este motivo também, o candomblé é uma religião que cuida firmemente do meio ambiente em geral. Se voce está passando por esta fase acima citada, procure fazer corretamente conforme explicado abaixo que, com certeza em poucas horas a sua vida irá mudar e muito para melhor. Para fazer este  ebó voce  vai  precisar  de:

01  Aguidar  de  barro  ( Oberó) grande
1/2 Litro  de  Azeite  de  Dendê
01 Kilo  de  milho  de  pipoca
01  Kilo  de  açúcar
01 Tablete de sabão  de  côco
01 Bucha  do mato  ( Nova)
02 Velas  brancas  comum

COMO  FAZER
Em uma panela, coloque um pouco de dendê, e estoure as pipocas . Depois coloque as pipocas em um alguidar  grande, e quando esfriar leve em uma encruzilhada  macho. Chegando  na  encruzilhada, escolha  o  canto esquerdo  da  mesma e,  acenda a vela pedindo a Exú, que leve toda praga, atraso, feitiçaria e perseguição que estiver atrapalhando  a  sua  vida. Agora pegue as pipocas e vá passando pelo seu  corpo (da cabeça aos pés), dizendo: Laroiê exú, Lárôiê Exú, Exú é mojubá! que através de suas forças  espirituais , retire todo mal que tiver em minha vida, abrindo meus caminhos e me trazendo a paz, a saúde e prosperidade. Diga  agora: Lárôiê Exú, Lárôiê Exú. Me dê agô ( Licença ) Para que eu possa retornar para a minha casa.  Ao chegar em casa, tome um banho higiênico com sabão de côco  e  bucha  do  mato  esfregando  bem  a  sua  cabeça  deixando  formar  bastante  espuma  por  cima  dela. Depois  de  tomar  este  banho  e, ainda  sem  enxugar  o  seu  corpo, despeja  sobre  a  sua  cabeça  16  litros  de  água  açucarada, pedindo  sempre  que  aumente  as  forças  do  seu  anjo  da  guarda  e, limpe  seu  corpo  de  todas  as  maldades  materiais  e  espirituais. Agora  sem  enxugar  seu  corpo  vista  roupas  claras. Em  seguida  acenda uma vela num  local mais alto que voce  estando de pé e,  coloque um copo com água  e açucar  ao  lado  da  vela e, tudo isso de preferencia dentro de um  prato branco. Agora faça preces  a seu anjo da guarda  rezando para ele  um pai nosso e uma Ave Maria 


Faça  isso  numa  segunda-feira  a  partir  das  22:00 horas.

UM POUCO DE XANGÕ

Arquétipos dos filhos de xangõ
São pessoas conscientes de uma suposta beleza, sentimentos ligados a justiça, não admitem serem contrariados, podendo ser violentos e incontroláveis, tendência a obesidade, ligados a mãe, tem poder de liderança, gostam da vida, mas temem a morte, são vingativas, orgulhosas, teimosas, atrevidas, elegantes, gulosos, dorminhocos, são asseados, conquistadores, infiéis, ciumentos, senhores de suas obrigações, as vezes pão duros, não sabem perdoar, mas muito brincalhões.
 
 
Ervas
Teté =Bredo sem espinhos
 
Orin-rin = Alfavaquinha
 
Odum-dum = Folha da costa
 
Jacomijé = Jarrinha
 
Bamba =Folha de mibamba
 
Alapá =Folha de capitão
 
Pepê = Folha de loko
 
Oicô = Folha de caruru
 
Xerê-obá = Chocalho de xangô
 
Oxé-obá = Birreiro
 
Monan = Parietária
 
Aferé = Mutamba
 
Obô = Rama de Leite
 
Odidí =Bico-de-papagaio
 
Obaya = Beti-cheiroso - macho ou fêmea
 
 
 
Lendas
"Quando Xangô pediu Oxum em casamento, ela disse que aceitaria com a condição de que ele levasse o pai dela, Oxalá, nas costas para que ele, já muito velho, pudesse assistir ao casamento. Xangô, muito esperto, prometeu que depois do casamento carregaria o pai dela no pescoço pelo resto da vida; e os dois se casaram. Então, Xangô arranjou uma porção de contas vermelhas e outra de contas brancas, e fez um colar com as duas misturadas. Colocando-o no pescoço, foi dizer a Oxum: "- Veja, eu já cumpri minha promessa. As contas vermelhas são minhas e as brancas, de seu pai; agora eu o carrego no pescoço para sempre."
 
"Xangô vivia em seu reino com suas 3 mulheres ( Iansã, Oxum e Obá ), muitos servos, exércitos, gado e riquezas. Certo dia, ele subiu num morro próximo, junto com Iansã; ele queria testar um feitiço que inventara para lançar raios muito fortes. Quando recitou a fórmula, ouviu-se uma série de estrondos e muitos raios riscaram o céu. Quando tudo se acalmou, Xangô olhou em direção à cidade e viu que seu palácio fora atingido. Ele e Iansã correram para lá e viram que não havia sobrado nada nem ninguém. Desesperado, Xangô bateu com os pés no chão e afundou pela terra; Iansã o imitou. Oxum e Obá viraram rios e os 4 se tornaram Orixás."
 
 
 
Oferenda
Amalá para Xangô
 
Ingredientes:
 
500gr. de quiabo
1 rabada cortada em doze pedaços
1 cebola
1 vidro de azeite de dendê
250g. de fubá branco
Modo de preparo:
 
Cozinhe a rabada com cebola e dendê. Em uma panela separada faça um refogado de cebola dendê, separe 12 quiabos e corte o restante em rodelas bem tirinhas, junte a rabada cozida .Com o fubá, faça uma polenta e com ela forre uma gamela, coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no amalá de cabeça para baixo .

AS ORIGENS DA RELIGIÃO EGÍPCIA


O Portal da Magia Dourada, convida todos os akh ( renascidos ) para uma viagem ao Egito antigo. Passageiros com destino ao Dwat ( Reino dos Mortos ), a Barca de Rá os levará em uma viagem ao passado, milhares de anos antes de nossa era. Amon Sol anuncia, a próxima partida será agora !!!. Se você ouviu o chamado, não fique aí parado, embarque imediatamente, como bagagem, traga apenas o seu interesse em conhecer melhor a antiga civilização egípcia. Boa Viagem!!.

Para compreendermos a religião do Antigo Egito, precisamos recuar no tempo, milênios atrás, quando os deuses ainda andavam pela terra e viviam em um local que se chamava Atlântida, uma grande Ilha, que se localizava entre a África e as Américas, no Oceano Atlântico. Na Atlântida não existia o mal e seus habitantes seguiam as leis da natureza. Como o processo de criação ainda não havia terminado, os Atlantes testemunharam a criação das plantas, animais, pássaros e seres rastejantes. Viram também a formação da Lua, quando o "Grande Astro Rubro", por ocasião de sua passagem, arrancou uma parte do planeta e a atirou ao espaço. Este pedaço do planeta, incandescente como carvão em brasa, ficou girando em torno da Terra, preso em seu campo gravitacional e à noite brilhava como um sol vermelho.

Com o impacto ocorreram muitas transformações no planeta e o solo de Atlântida tornou-se instável. Toth, sabendo que a "Grande Ilha" poderia submergir no oceano, ordenou a emigração das quatro famílias que representavam a população Atlante. Estas famílias eram formadas pelos seguintes casais : Nun e Naunet "Oceano Primordial", Hehu e Hehut "Eternidade", Kekui e Kekuit "Escuridão", Amon e Amaunet "Ar".

Antes da catástrofe final, os Sábios e Sacerdotes Atlantes, cientes de que os dias daquela civilização estavam contados, partiram de lá, com destino à quatro regiões distintas: Para a América Central, dando origem a Civilização Maia e a todos os descendentes da Raça Vermelha; para o noroeste da Europa, onde posteriormente na Bretanha, deram origem à Civilização Celta e a todos os descendentes da Raça Branca; para a Ásia onde deram origem à Civilização Chinesa e a todos os descendentes da Raça Amarela e finalmente para o nordeste da África onde deram origem a Civilização Egípcia e a todos os descendentes da Raça Negra.

Os atlantes levaram com eles grandes conhecimentos sobre construção de pirâmides, e sobre a utilização prática de cristais, assim como conhecimentos elevados de outros ramos científicos, como matemática, geometria, astronomia, medicina, agricultura, etc.

A família de Amon e Amaunet, acompanhada de Toth e de outros sábios e sacerdotes, chegaram ao norte da África por volta do ano 50.000 a. C., conhecido em arqueologia como o período pré-dinástico. Encontraram uma população autóctone primitiva, sobrevivendo da caça e da coleta, que não dominava a agricultura e tampouco domesticava animais.

Os nativos ficaram maravilhados com a visão daqueles néteres (deuses), saindo do "Ovo Dourado" que surgiu voando. Os Mestres Atlantes ficaram fascinados com a beleza da região e principalmente com a docilidade de seus habitantes. Resolveram então se estabelecer no delta do Nilo e iniciar o processo de transmissão das artes da agricultura e da civilização.

Estabeleceram as bases da religião egípcia, inspirada na religião atlante, essa religião era essencialmente monoteísta, com a crença em um deus principal criador de todo o universo, sem gênero ou forma, ao qual davam o nome de Amon-Rá ( A luz Oculta ), Atun-Rá ( A fonte e o fim de toda Luz ) ou simplesmente Rá ( A luz de Deus ). Os outros néteres ( deuses ) eram apenas as emanações de Rá em seus vários aspectos.

As questões espirituais estavam intimamente ligadas à ciência e às demais áreas do conhecimento humano. Os Sacerdotes Atlantes adaptaram seus princípios religiosos às crenças locais, que representavam aspectos da natureza, como o Sol, a Lua, as cheias e vazantes do Nilo, etc. Criaram mitos e lendas para assim perpetuar seus ensinamentos, dentre as quais a mais significativa é a lenda de Isis e Osiris.

OS FESTIVAIS RELIGIOSOS
Para organizar a vida civil e religiosa no Antigo Egito, os Sacerdotes criaram vários tipos de eventos sagrados chamados festivais, que eram celebrados segundo três calendários: O Calendário Lunar, de 30 dias, dividido em três semanas de 10 dias cada, baseado nas fases da Lua; O Calendário Civil, de 365 dias, baseado no Sol e nas estações do ano que eram apenas três : Akhet ( Inundação ), Pert ( Semeadura ) e Shemu ( Colheita ); O Calendário Sótico, baseado no ciclo da estrela Sótis ( Sírius da constelação do Cão Maior ). Como o ano lunar de 12 meses de 30 dias resultava em um ano de 360 dias, ajustaram-no ao ano solar com mais cinco dias, chamados "Epagômenos", em que se homenageavam os grandes Néteres: Osiris, Hórus, Seth, Isis e Néftis.

Os principais festivais eram os seguintes:
 • Festivais dedicados a um Neter ou Nétrit ( deus ou deusa ) em particular, homenageando-os por meio da recordação pública de suas vidas míticas.
 • Festivais para homenagear os mortos, gerando um sentido de comunidade tribal e valorizando a história ancestral, marcando os ciclos de tempo
 • Festivais que iniciavam os ciclos do trabalho agrário de preparar o solo, semear e colher.

Inicialmente, os Sábios Atlantes, tiveram muito cuidado com a transmissão dos ensinamentos científicos e decidiram que o conhecimento da energia "vril" não seria transmitido, a fim de evitar que esta, fora de controle pudesse vir a reeditar a catástrofe anterior ( A destruição de Atlântida teria sido provocada pela má utilização dessa energia, irradiada para o espaço através da "Grande Pirâmide de Cristal", o que alterou a órbita do "Astro Rublo" atraindo-o em direção à Terra ). Para o exercício desse controle criaram as "Escolas Iniciáticas", onde os ensinamentos eram transmitidos somente àquelas pessoas que primeiramente passassem por rigorosas provas de coragem e fidelidade.

Os ensinamentos permaneciam velados para a grande massa popular, ainda não suficientemente preparada para aprendê-los. Todavia toda a população egípcia sabia destes mistérios que se relacionavam com a vida depois da morte e de como preparar-se para enfrentá-los corajosamente.
Como os nativos não dominavam a escrita, as instruções eram ministradas através do Medu-Netru ( símbolos ), que os arqueólogos atuais denominam "hieróglifos". Os caracteres gráficos falavam diretamente ao subconsciente e despertavam a inteligência dormente no íntimo daqueles seres, colocando-os em contato direto com o Grande Arquiteto dos mundos.

Esses hieróglifos foram gravados por Toth em 78 lâminas de ouro, subdivididas em 22 arcanos ( segredos ) maiores e 56 arcanos menores, que encerravam todo o conhecimento oculto, compondo uma espécie de livro que recebeu o nome de Tarot, que significa "Rota" ou "Caminhos". Escreveu também o Livro "M-Dwat" ou "O Livro dos Mortos", também conhecido como "O Livro para sair à Luz", contendo todas as doutrinas espirituais da antiga religião egípcia.

O aprendizado incluía as técnicas de arquitetura, segundo os mais exatos cálculos matemáticos e astronômicos, que foram utilizados na construção da grande pirâmide chamada "Khut", a "Luz", que era uma réplica em pedra, daquela que existiu no centro de Atlântida e que era fundida em uma única peça de cristal.

Os neófitos estavam simbolicamente empenhados na construção da pirâmide, assim como na edificação moral, social e religiosa daquela civilização. Os mestres formados nos mistérios recebiam o título de Hierofantes e seu expoente máximo chamava-se Faraó, líder religioso e político. Osiris foi o primeiro Faraó do Egito, Hórus o segundo.

Apesar da beleza física dos nativos, Toth não permitiu que qualquer dos néteres tivessem qualquer união com os membros daquela população, evitando assim que houvesse uma alteração genética que resultaria em um salto evolutivo daquele povo. Essa determinação resultou no costume dos casamentos consanguíneos da família real.

Com essa estrutura sócio-político-religiosa, onde estado e religião estavam intimamente ligados, nasce a cultura do antigo Egito. A antiga civilização Egípcia durou até o Sec. 1.º a. C. Nesse longo período, desenvolveu-se uma religião complexa, com muitos deuses diferentes que evoluíram como versões deificadas de aspectos locais. Em conseqüência, determinados deuses foram associados a lugares específicos. Em Menfis, Ptah era tido como o criador, em Heliópolis Amon-Rá era o supremo deus. Com o tempo, algumas divindades adquiriram importância nacional. Por exemplo, os regentes do mundo subterrâneo, Isis e Osiris, e o deus do sol Rá, assumiram muitas formas e influenciaram todos os aspectos da vida egípcia.
A LENDA DE ISIS E OSIRIS
Conta a lenda que Seth com inveja de Osiris, por este ter herdado o reino do pai na terra, engendrou um plano para matá-lo e assim usurpar o poder. Quando Osiris dormia, Seth tirou suas medidas e ajudado por 72 conspiradores, mandou construir um esquife com as medidas exatas de Osiris. Organizou um banquete e lançou um desafio, aquele que coubesse no esquife o ganharia de presente. Todos os deuses entraram e não se ajustaram.

Assim que Osiris entrou no esquife, Seth o trancou e mandou jogá-lo no rio, a correnteza o levou até a Fenícia. Ali ficou preso em uma planta até fazer parte do caule, que foi usado para construir uma coluna o "Djed".

Isis partiu em busca do esposo, e após muitas aventuras, conseguiu regressar ao Egito com a caixa, que escondeu em uma plantação de papiro. Seth a descobriu e cortou o corpo de Osiris em quatorze pedaços, que espalhou pelo Egito. Novamente Isis parte em busca dos despojos do esposo e dessa vez ajudada pela irmã Néftis, transformadas em milhafres (espécie de ave de rapina, semelhante ao abutre), encontram todas as partes de Osiris, exceto o órgão genital, que havia sido devorada por um peixe o Oxirincos.

Isis foi ajudada por Anubis que embalsamou Osiris, e este tornou-se a primeira múmia do Egito. Utilizando seus poderes mágicos, Isis, conseguiu que Osiris a fecundasse e dessa união nasceu Horus.

Seth iniciou uma luta pelo poder que envolveu todos os deuses. Por fim o próprio Osiris a partir do outro mundo, ameaçou mandar levantar todos os mortos se não fosse feita a justiça.

Rá e um tribunal de deuses estabeleceram que a sucessão fosse hereditária, e assim, Hórus pôde reinar.
Dessa maneira o Faraó em vida convertia-se em Hórus e ao morrer identificava-se com Osiris, o soberano do Além, considerando-se igual ao deus.

OS RITUAIS DE MUMIFICAÇÃO
A mumificação e os rituais funerários obedeciam regras rígidas, estabelecidas pelo próprio Anúbis e duravam 70 dias. Após a retirada dos órgãos internos, os embalsamadores colocavam as vísceras em vasos sagrados chamados "Vasos Canopos", cada um sob a proteção de um dos quatro filhos de Hórus. Inseti, com cabeça de homem protege o fígado; Hapi com cabeça de babuíno, os pulmões; Duamutef com cabeça de cão o estômago; Kebehsenuf, com cabeça de falcão, os intestinos.

O coração era lacrado no próprio corpo. Os Egípcios o consideravam como o órgão tanto da inteligência como do sentimento e portanto, seria indispensável na hora do juízo. Somente à alguém com um coração tão leve quanto a pluma da verdade, o deus Osiris permitia a entrada para a vida eterna. Os Egípcios não davam nenhuma importância ao cérebro. Após extraí-lo através das narinas do morto, os embalsamadores o jogavam fora. Depois de secar o cadáver com sal de natrão, eles o lavavam e besuntavam com resinas conservadoras e aromáticas.

Finalmente, envolviam o corpo em centenas de metros de tiras de linho, entre essas tiras eram colocados diversos amuletos que protegiam o morto contra inimigos e demônios do mundo subterrâneo. Antes de a múmia ser colocada no túmulo, um sacerdote funerário celebrava a cerimônia da abertura dos olhos e da boca, a fim de devolver á vida todos os sentidos do morto.
O JUIZO FINAL
A vida eterna começa no túmulo, com uma viagem pelo mundo subterrâneo. Primeiro o 'Ka" ( Força Vital ), deixa o corpo, acompanhado após o enterro pelo "Ba" ( Alma ). Hórus conduz o "Ba" através dos portais de fogo e da serpente até o salão do juízo. Anúbis, pesa o coração do morto, sede de sua consciência, junto com a pena de Maat, ou da verdade. Osiris observa na condição de juiz. Se o coração for mais pesado do que a pluma, Amut, um monstro parte leão, parte crocodilo e parte hipopótamo o devora, condenando o morto a um coma perpétuo. Se o coração equilibra com a pena da verdade, o "Ba" e o "Ka" reúnem-se para formar um "Akh", ou espírito, que emerge do mundo dominado pelo Osiris coroado. O "Akh" pode então retornar ao mundo dos vivos e desfrutar de seus prazeres, incluindo o amor de sua esposa e a atenção de seus servos. A vida agora lhe pertence por toda a eternidade.
MITOLOGIA EGÍPCIA
Os deuses do antigo Egito, foram Faraós que reinaram no período pré dinástico. Assim, os mitos foram inspirados em histórias que aconteceram de verdade, milhares de anos antes de sua criação. Para a cultura do antigo Egito o casamento consangüíneo tinha o sentido de complementaridade, unir céu e terra, seco e úmido, por essa razão diversos deuses eram irmãos que se casavam entre si. Osiris foi o primeiro Faraó e, que com o passar do tempo foi divinizado. Seu reinado em vida marcou uma época de prosperidade e ao morrer passou a ser o soberano do reino dos mortos.

Os deuses egípcios eram representados ora sob forma humana, ora sob forma de animais, considerados sagrados. O culto de tais animais era um aspecto importante da religião popular dos egípcios. Os teólogos oficiais afirmam que neles encarnava-se uma parcela das forças espirituais e da personalidade de um ou mais deuses. Deve ser entendido que o "deus" não residia em cada vaca ou em cada crocodilo. O culto era dirigido a um só indivíduo da espécie, escolhido de acordo com determinados sinais e entronizado num recinto especial. Ao morrerem, os animais sagrados eram cuidadosamente mumificados e sepultados em cemitérios exclusivos.
OS DEUSES EGÍPCIOS



NUN, é a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis. Personificava o abismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foi criado; é a divindade mais velha e sábia de todas. Era representado como um homem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É uma divindade bissexual e à vezes masculino. Nun gerou Atun (o sol nascente) e Re ou Rá (o sol do meio dia).

ATUN, Uma das manifestações do deus sol, especialmente ao entardecer, original de Heliópolis, era representado por um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e menos freqüentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto e do Baixo Egito. Era considerado o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus Rê ou Rá que gerou Shu o ar e Tefnut a umidade. Atun e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá.

AMON, o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós. Senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Passou a ser cultuado por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá, sob o nome de Amon-Rê ou Amon-Rá, o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. À época de Ramsés III. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e Rá. Freqüentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.

RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.

SHU, deus do ar e da luz, personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Sua tarefa é trazer Rá, o deus Sol, seu pai, e o faraó à vida no começo de cada dia. É representado por um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz e perfeição. Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra. Com Tefnut, sua esposa, formava o primeiro par de divindades de Heliópolis. Era associado ao Leão.

TEFNUT, considerada a deusa da umidade vivificante, que espera o sol libertar-se do horizonte leste para recebê-lo e não há seca por onde Tefnut passa. A deusa é irmã e mulher de Shu. É o símbolo das dádivas e da generosidade. Ela é retratada como uma mulher com a cabeça de uma leoa, indicando poder. Shu afasta a fome dos mortos, enquanto Tefnut afasta a sede. Shu e Tefnut são os pais de Geb e Nut.

NUT, deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.

GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.

OSÍRIS, irmão e marido de Isis, pai de Hórus. A origem de Osíris consta nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais (espaço, luz, terra, céu...). Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após o período da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimento da vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.

ÍSIS, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os pedaços de seus despojos, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Horus. Ela defende com unhas e dentes seu rebento contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um trono que é o hieróglifo de seu nome.

SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.

NÉFTIS, é a esposa de Seth, mas quando este trai e assassina Osíris, por quem era apaixonada, ela permanece solidária à Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo. Como Isis, ela protege os mortos, sarcófagos e um dos vasos canopos. O hieróglifo de seu nome é um cesto colocado sobre uma coluna, que usa na cabeça,. É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.

HÁTOR, personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça de vaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.

HÓRUS, filho de Isis e Osíris, Horus teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).

ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era também associado ao chacal, animal que freqüentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos. No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osiris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.

TOTH, divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas". Preside a medida do tempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.

MAÁT, esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa a justiça e a verdade, o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente. É também a deusa do senso de realidade. Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coraçáo daqueles que ingressam no Dwat. Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido. É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Protetora dos templos e tribunais.

PTAH, deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é "aquele que afeiçoou os deuses e fez os homens" e "que criou as artes". Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Apresenta-se com uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho Nefertum, o deus do nenúfar ( plantas aquáticas ).

SEKHMET, uma mulher com cabeça de leoa, encimada pelo disco solar, era uma de suas representações que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas e tanto causava quanto curava epidemias. Essa divindade feroz era adorada na cidade de Mênfis. Sua juba ( dizem os textos ) era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...

BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo. Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.

KHNUM, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios. Segundo a lenda, o deus Khnum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer. Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas. Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati ( a inundação). Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também era associada à criação e ao nascimento.

SEBEK, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis, seu centro de culto, na região do Faium, onde os sáurios eram criados em tanques e adornados com jóias, protegidos, nutridos e domesticados. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era considerado privilegiado. Sua adoração foi sobretudo importante durante o Médio Império.

TUÉRIS, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.

KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.

ÁPIS, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.

BABUINO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.

ÍBIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth. Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido de penas. Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que é muito negra. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.

APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas. É descrita no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis.
A mitologia egípcia inclui muitos deuses e deusas, entretanto, geralmente representam o mesmo conjunto de forças e arquétipos. O grupo acima descrito, resume de modo satisfatório o grande panorama da religião egípcia que perdurou durante milênios.