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domingo, 21 de agosto de 2016

Nossa Mãe Iemanjá e Nossa Senhora da Glória



No dia 2 de fevereiro temos o dia de nossa mãe e também no dia 15 de agosto temos o dia de Nossa Senhora da Glória.

A história de Nossa Senhora da Glória é explicada como a representação de Maria, Mãe de Jesus, quando em sua Assunção, sendo glorificada por Deus, e assim coroada como Rainha da Glória. A Assunção de Maria é a crença professada pelos cristãos católicos e ortodoxos, segundo a qual a Virgem Maria foi levada em corpo e alma para a glória celeste pouco depois de sua morte. A Igreja Católica Romana ensina esta crença como um dogma de que a Virgem Maria “ao concluir o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma para a glória celestial.” Isto significa que Maria foi transportada para o céu com o seu corpo e alma unidas. Esta doutrina foi dogmaticamente e infalivelmente definida pelo Papa Pio XII, em 1 de novembro de 1950, na sua Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus”.

Antônio Caminha natural de Aveiro, em final de 1600, mudou-se para o Brasil, fixando residência no Rio de Janeiro, onde, apartado da cidade sem ambição de ouro, andava vestido com o hábito da Ordem Terceira de S. Francisco. Tinha posses e deixou seus bens para a família e dedicou-se a ser artesão. Aqui edificou tosca ermida, em que colocou a imagem de Nossa Senhora da Glória por ele mesmo fabricada. Esta ermida, foi construída no morro da Gloria, que se tornou o Outeiro da Glória, e depois a Igreja Católica, no local conhecido como construiu no mesmo local a Igreja de Nossa Senhora da Glória, e os arredores transformaram-se no bairro da Glória. A imagem então foi para esta Igreja, ornada de joias, como era o costume da época.

Este ermitão chamado Caminha, quis enviar ao rei de Portugal da época, D. João V, uma réplica da imagem de Nossa Senhora, e a ornou também com joias, levando dois anos neste trabalho. Porém, intrigantes o acusaram de usar de estratagemas para desviar joias da igreja, joias estas que ele mesmo havia doado, mas as que ornavam a réplica eram outras, suas também, que enviou junto da 2ª imagem, que seguiu por navio para Portugal. Mas tal foi a perfídia contra ele, que acabou preso pelas injúrias.

O que ocorreu em seguida é que o navio nunca chegou ao destino e naufragou no meio da viagem. Corria o ano de 1708, quando isto aconteceu, e no dia de S. Thomé violenta tempestade arrojou o navio de encontro às costas do Algarve. A caixa que continha a imagem foi a única coisa a chegar íntegra à costa da cidade de Lages. Ali, monges franciscanos apanharam abrindo-o a imagem de Nossa Senhora e a colocaram no altar do convento, sendo perfeitamente igual à da cidade do Rio de Janeiro.

O Orixá Iemanjá sincretiza com diversas representações de Nossa Senhora, por representar a grande mãe, provedora e que acolhe os filhos em seus braços, assim como Nossa Senhora sempre acolheu seu filho, Jesus. Também conhecida como Senhora da Coroa Estrelada ou Janaina (do tupi-africano) é a deusa do mar e protetora das mães e das esposas.

Nessa linha, apresentam-se todas as iabás (orixás femininos), Oxum, Nanã, Iansã, Obá, e outras. Iemanjá é a energia geradora, representa a mãe do Universo. Quando incorporadas, as entidades dessa linha gostam de trabalhar com água do mar, expressando-se de forma serena. Fazem uso da mecânica de incorporação emitindo sons que são verdadeiros mantras que são confundidos por lamentos devido a associação do canto das sereias. Nada impede que médiuns homens trabalhem com essas entidades pois todos tem o equilíbrio dentro de si.

Da linha de Iemanjá provém as Caboclas das águas, doce e salgada, cujas falanges descarregam os terreiros e as pessoas que comparecem aos Templos, limpando fluidicamente o ambiente dos Templos e as pessoas que lá comparecem.

Os Caboclos e os Pretos Velhos evocam as trabalhadoras da linha de Iemanjá com grande frequência, principalmente nos descarregos e rezas.

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